segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Loucura


Um dia alguém disse "Se não houvessem loucos, os únicos que voavam eram os pássaros", por trás desta simples frase está uma grande verdade, por trás da genialidade está sempre a loucura, a busca incessante, o nunca nos contentarmos com o imediato, o trivial.
Como tal considero que a loucura faz parte da vida e torna-nos insaciáveis na vontade de nos superarmos, é por esta razão que podem chamar-me louco à vontade, porque tal como os loucos que almejavam voar como os alados pássaros e proporcionam-nos hoje tamanhas conquistas como ir de um lado ao outro de um oceano numa questão de horas e mesmo pisar o solo do nosso solitário e longínquo satélite, é a esses loucos que o devemos.
Não é que consiga tamanhas descobertas ou façanhas, mas ainda assim vou embeber o meu espírito e tentar viver embrenhado nessa loucura, nesse grito incessante que me chama e me hiptoniza para conseguir a superação dos meus limites e das minhas fraquezas.
Ainda que como qualquer louco também tenha as minhas utopias irrealizáveis, espero pelo menos alcançar algumas que ninguém vê em mim capacidade para alcançar.
A vida é como este texto apócrifo traduz, não podemos esmorecer ao longo dela só porque as dificuldades aparecem, mas com esforço tudo se vence e todas as experiências que temos nos enriquecem.

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta...

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Paredes Vazias


E fico aqui olhando estas paredes vazias que me aprisionam o corpo, mas que ainda assim não me podem agrilhoar a mente, com a qual resisto às investidas da insanidade.
Cada dia que passa a vitória nesta luta titânica assemelha-se cada vez mais a uma quimera inconcebível, mas ainda assim recuso-me a desistir, e tento apenas libertar-me dos meus medos que me enfraquecem neste conflito visceral.
Dentro de cada um de nós jaz um guerreiro, pode apenas estar adormecido, basta não cruzarmos os braços e desistir à primeira adversidade que ele despertará.
Continuo a contemplar estas paredes vazias, despidas de qualquer conteúdo, observo neste momento a projecção da minha sombra sobre as mesmas, chego a receá-la às vezes de embrenhado na solidão que estou, a sua presença aqui desperta o meu lado obscuro e por momentos cesso a luta que travo, as trevas apoderam-se da minha mente e sinto as forças esvaírem-se, num último rasgo de consciência percorro mentalmente todo o caminho que me trouxe a este beco sem saída e qual fénix renascida, concentro novamente as minhas forças para pelo menos prolongar a minha existência.
Durante esta batalha interior sinto-me reanimado e neste momento já nada me faz temer, independentemente do desfecho sei que fui aos meus limites, sei que dei tudo e enquanto me aguentar de pé, enquanto não cair de joelhos vou respeitar a velha máxima "mais vale quebrar que torcer".
Silêncio...Tudo repousa agora. Calmamente, limpo as marcas da batalha travada, tenho cicatrizes mentais, provavelmente nunca mais as vou curar, e afligem-me bem mais que as cicatrizes que me sulcam a pele...
Ainda assim valeu a pena todo esforço e consigo neste momento atravessar as paredes vazias que me sitiavam, sigo descobrindo o Mundo que me fora vedado.
E tenho agora por companheira a sombra que quase me fez renunciar à luta, mas que agora segue a meu lado e me lembra pura e simplesmente que o sol ilumina o meu caminho.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Começa a Jornada!!!!

Venho da terrinha e tenho muito orgulho nisso!
Vim para Lisboa para a faculdade, que concluí recentemente, apesar de já ter tido umas incurssões na Capital e consequentemente no frenesim urbano que agita as grandes metrópoles.
É por estas e por outras que eu ainda não me rendi à vida citadina e se bem que gosto do belo do cinema e outras das comodidades que a vida nos grandes centros nos permite desfrutar, sinto que comparáveis a estas existem outras de uma infinita simplicidade, mas de igual ou ainda maior valor nas serras, recantos e campos da minha terra natal.
É precisamente neste ponto que quero focar o post de hoje, com a vida actual e embrenhados na azáfama que esta nos incute (eu próprio já sou uma vítima disto e sou também arrastado na corrente) buscamos a felicidade em bens materiais, teres e poderes de dúbia utilidade por vezes...
Posto este desabafo, deixo como conclusão uma coisa que é extremamente simples mas desperta em mim uma inexplicável sensação de paz interior, e que apesar da sua extrema simplicidade não consigo na urbe encontrar semelhante repetição, aquilo de que vos falo é o céu estrelado, não sei mas tenho especial deleite em observar o céu estrelado que a noite na terrinha me proporciona em dias de céu limpo, algo que na cidade por mais limpo que o dia esteja não consigo desfrutar, por essas e por outras sinto aquela palavra que dizm apenas existir na língua portuguesa e tnho vontade de regressar, sempre que viro costas e me ponho a caminho.
A propósito do céu estrelado, este faz-me também lmbrar uma música que a haver uma banda sonora da minha vida, ela figuraria indubitavelmente no alinhamento, é a música Yellow dos Coldplay, traduzindo refrão é qualquer coisa como "olha para as estrelas / vê como elas brilham para ti / e para tudo aquilo que fazes", eu acredito nisto e acredito que esteja onde estiver e ainda que não as consiga ver no local onde me encontro, vou sempre imaginar-me deitado sentindo o odor campestre, a olhar para o céu estrelado e a buscar no infinito do Universo a força que por vezes esmorece e me dificulta a caminhada.