sábado, 25 de outubro de 2008

Mais um Dia


Acordo, levanto-me e ponho os pés no chão frio, qual antítese do sonho reconfortante que ornamentava o meu sono, lavo a cara com a frescura de uma água gélida que escorre da torneira aberta, preparo-me para mais um dia de trabalho, ainda a recair no sono e com pesar pela interrupção do mesmo.
Se há coisas opostas são-no com toda a certeza a realidade da minha vida e os sonhos que tenho quando durmo, ao passo que durante o dia não passo de mais um na multidão, quando as estrelas ornamentam o céu consigo desprender-me da inércia da minha vida e almejar outras conquistas, qual matrix que me tolda o espírito e me mergulha numa realidade alternativa onde as preocupações deixam de existir e a vida flui numa calma corrente sem imprevistos.
Pena dormir cada vez menos e acordar todos os dias inexoravelmente tão insignificante como um grão de areia numa praia...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sei lá...


Pergunta cliché das entrevistas de emprego: "Onde se vê daqui a 5 anos?"
Epá... Farto-me de matutar na resposta mas sinceramente não consigo levantar o véu e destrinçar o que o futuro me reserva, dissipar a bruma que o encobre, qual D. Sebastião numa noite de nevoeiro.
Voltando à questão eu daqui a 5 anos espero ser a mesma pessoa que sou nos dias de hoje, espero ter realizado já alguns dos meus sonhos, mas acima de tudo continuar a viver a vida de forma despreocupada, rodeado de amigos e quem sabe se já não terei encontrado a minha alma gémea se é que ela existe.
Entretanto e enquanto isso não chega, e não quero que chegue depressa, o tempo pode fluir devagar para eu poder aproveitar a vida, vou deixar mais uns bocados d mim por aí nos lugares por onde passo, nos corações das pessoas que conheço e quero continuar a espreitar e a desvendar o desconhecido que se revela a cada instante e que oculta aquilo que o amanhã desvendará.
Até lá perguntem-me: "Logo à noite cinema?" E talvez eu responda com mais certeza.

domingo, 12 de outubro de 2008

Erros


Às vezes gostava que a vida tal como as aplicações informáticas tivesse um botão de "un do", algo que nos permitisse retroceder, voltar atrás e corrigir um erro, uma decisão menos acertada, algo que nos magoou a nós a alguém que não pretendíamos ver sofrer...
Mas como a vida não é programável resta-me seguir o caminho, continuar a cometer erros, continuar a tentar corrigi-los ou pelo menos a desejar não tê-los cometido, e até que chegue o dia em que o acumular de erros faça o meu mundo desabar vou continuar por aqui, quando esse dia chegar... Quero partir para um lugar onde ninguém saiba o meu nome e então recomeçar do zero, esperando que esse não seja mais um erro que me precipite para o caos.
E então aí saberei que cometi mais um erro crasso, para juntar à infinita lista de erros que cometi, é então que espero sentar-me no chão, olhar para o céu, escutar o mundo ao meu redor e esperar não ter perdido o último comboio para casa, para o local onde possa ainda remediar alguns dos meus erros.