segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Caos


Estou absolutamente rendido à teoria do caos...
Realmente esta comanda a minha vida...
Quem me dera como no filme efeito borboleta conseguir voltar atrás e com uma pequena acção, um pequeno pormenor alterar toda a minha vida e futuro, qual borboleta que ao bater as asas numa ponta do Mundo provoca ao fim de algum tempo um tufão no extremo oposto e desencadeia um cataclismo impensável.
Bastava por vezes mudar uma palavra dita, um gesto feito e conseguia prevenir certas asneiras que cometi, e que agora me atormentam o espírito... De qualquer das formas também podem ter sido essas mesmas asneiras que me conduziram ao ponto onde estou neste momento e me permitiram conhecer certas pessoas.
Tenho imensa pena que apesar de nos termos conhecido provavelmente vamos cruzar-nos na rua (de certo vou olhar para ti) mas de certeza que vais seguir o teu caminho indiferente ao entrelaçar dos fios das nossas vidas...
E bastava uma pequena mudança lá atrás... E isto atormenta-me o espírito e impede-me de me perdoar a mim próprio o facto de o ter feito ainda que inconscientemente, tenho de tentar evitar afundar-me em mim próprio e esperar que ao cruzarmo-nos arrastados na multidão não me vires as costas...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Falsidade


Quando olharás para uma casa e verás apenas um abrigo?
Quando olharás para uma peça de roupa e verás apenas um monte de fibras?
Quando olharás para um computador e verás apenas uma prisão para a tua mente?
Quando olharás para um automóvel e verás a servilidade do comodismo?
Quando olharás para o dinheiro e verás a mentira que corrompe a sociedade?
Ao invés de tudo isto porque não regessar áquele lugar onde uma pedra era um brinquedo, onde com uma bola se fazia um estádio de futebol, onde com a tua companhia vivia momentos de alegria, onde o Natal apenas servia para sonhar com uma embalagem de rebuçados?
Para onde foram esses tempos, para onde foi esse espírito?
Tudo o que vejo agora é um consumo desenfreado, uma total ganância que transformam esta quadra em não mais do que material...
Quando para mim o que me basta é uma palavra amiga, um abraço, um sorriso.
É possível ser feliz sem ter nada na palma da mão? Eu acredito que sim, basta para tal ter coração.
Feliz Natal

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Desilusão


Não sei que sentimento é este que envolve a alma, me sufoca o espírito, me escurece o dia...
É como se por trás de mim alguém espreitasse, uma paranóia no fundo da minha cabeça, um gigante que me espezinha e me faz duvidar das minhas capacidades...Rastejando pela minha pele, como um paraita que suga a minha alegria e diversão e me inunda com o mais gelado e negro dos medos, rasga-me os pensamentos com a frigidez de um assassino e leva toda a esperança na mudança que eu alento...
E cada vez me escapam mais as forças para dar o murro na mesa e dar troco a isto, oh dá-me a mão, ajuda-me a sair deste abismo em que cada vez mais me afundo...
Sê a estrela que me faz acreditar que a seguir à mais escura das noites o Sol voltará a brilhar...