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Acordo, levanto-me e ponho os pés no chão frio, qual antítese do sonho reconfortante que ornamentava o meu sono, lavo a cara com a frescura de uma água gélida que escorre da torneira aberta, preparo-me para mais um dia de trabalho, ainda a recair no sono e com pesar pela interrupção do mesmo.
Se há coisas opostas são-no com toda a certeza a realidade da minha vida e os sonhos que tenho quando durmo, ao passo que durante o dia não passo de mais um na multidão, quando as estrelas ornamentam o céu consigo desprender-me da inércia da minha vida e almejar outras conquistas, qual matrix que me tolda o espírito e me mergulha numa realidade alternativa onde as preocupações deixam de existir e a vida flui numa calma corrente sem imprevistos.
Pena dormir cada vez menos e acordar todos os dias inexoravelmente tão insignificante como um grão de areia numa praia...