domingo, 8 de fevereiro de 2009
Partida
Avanço, embrenho-me sem olhar para trás, pesa-me a saudade, mas não posso voltar para trás agora. Ainda que a dor lancinante me se faça repercutir no meu peito estende-se à medida que me afasto já com o regresso no pensamento, rumo ao abissal desconhecido por livre e espontânea vontade, buscando no incógnito breu propósito para a minha demanda da sagacidade, que me impele para longe daqueles que gosto, para longe do conforto dos amigos, mas ao mesmo tempo conhecendo novos rostos, novas histórias de vida, novas lutas germinam no meu espírito e a partida não terá sido em vão.
Passam os tempos da privação da partida, anima-se o espírito acalentado com a ideia do regresso, ultrapassei o meu cabo das Tormentas e assim como os intrépidos descobridores Portugueses, também a minha odisseia foi proveitosa.
Regresso sacio a saudade, esse sentimento que me corroeu durante a ausência do conforto daqueles que deixei para trás, sentindo agora saudade daqueles que conheci ao longo da viagem, percebo agora que a vida é feita de partidas e despedidas, deixamos sempre um pouco de nós por onde passamos e levamos sempre algo em troca.
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